“Iremos colocar em prática uma forte campanha de sensibilização”

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Em meados de maio, a Associação Nacional dos Ópticos (ANO) apresentou os resultados do inquérito ao subsector de comércio a retalho de material ótico, pedido ao Centro de Estudos Aplicados (CEA) da Universidade Católica Portuguesa (UCP), com o objetivo de analisar o impacto da pandemia Covid-19 nesta área. Falámos com Fernando Tomaz, presidente da direção da ANO, para conhecermos as principais conclusões do estudo e as medidas que se impõem.

Quais são as principais conclusões do estudo?

Com o decreto do estado de emergência, foi estimada uma quebra de vendas no setor entre os 68 e 72%, com principal incidência para as pequenas empresas, apesar de não terem suspendido a prestação de serviços durante esse período. Este impacto estimado para todo o ano de 2020 representa uma quebra de vendas do ano em cerca 55% (variando entre 45% num cenário otimista e os 65% num cenário de segunda vaga de confinamento em outubro-novembro-dezembro), representando um valor de perda de vendas, em 2020, entre 250 e 400 milhões de euros. Estimou-se ainda uma recuperação total nunca antes de 2024. Perante a declaração do estado de emergência, as principais preocupações evidenciadas pelos inquiridos foram a manutenção dos postos de trabalho, a dificuldade de priorizar a saúde visual perante a população e os impactos extra-setoriais (mercado de trabalho: 8.380 postos de trabalho; mercado de arrendamento: 59,3% imóveis arrendados; e mercado financeiro: serviço de dívida de 25,2% do ativo). O estudo também concluiu que, sem expectativas de recuperar em 2020, a maioria dos inquiridos acredita na recuperação até 2022. 

Qual será o papel da ANO, no sentido de apoiar os seus associados? Ou seja, que medidas concretas colocarão em prática?

A ANO irá continuar a apoiar os seus associados, como tem feito até esta altura. As medidas passarão muito pelo resultado das reuniões que temos tido com diversas figuras do governo. Estamos a lutar por um conjunto de medidas essenciais para a vitalidade das nossas empresas, entre elas, a introdução do cheque-óculos nas óticas, a revisão da taxa do IVA e a flexibilização de prazos de pagamento de impostos. Outra das medidas que iremos colocar em prática será uma forte campanha de sensibilização nacional de confiança e segurança nos serviços prestados pelos nossas profissionais e empresas, com enfoque no consumidor final. 

Entrevista completa na ÓpticaPro 205.

26 Junho 2020
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