O fundo do olho: a janela da saúde visual e sistémica

Por: Dr. Jorge Pinheiro, optometrista desde 1998 e membro APLO 230
Quantas doenças cabem num olhar? Muitas mais do que se imagina.
O exame do fundo do olho não é apenas uma rotina clínica: é um radar precoce que pode mudar o rumo da saúde ocular e sistémica. Em outubro, mês em que se assinala o Dia Mundial da Visão, é tempo de reforçar uma verdade incontornável: quem olha para o fundo do olho vê muito mais do que olhos. Vê futuro.
O exame que revela mais do que a visão
Ao permitir a observação direta da retina, dos vasos sanguíneos e do nervo ótico, o fundo ocular transforma-se numa “janela” única para a saúde. Alterações nesta avaliação podem indicar desde glaucoma e degenerescência macular até sinais silenciosos de diabetes, hipertensão ou doenças cardiovasculares. Num país onde estas patologias são altamente prevalentes, a capacidade de identificar precocemente alterações torna o optometrista um agente essencial de saúde preventiva, responsável por encaminhar o cliente para avaliação médica atempada sempre que necessário.
Da oftalmoscopia à era digital
O exame do fundo ocular percorreu um longo caminho. A oftalmoscopia direta abriu portas a esta prática, mas foi com a retinografia digital que se democratizou o acesso a imagens detalhadas da retina. Hoje, tecnologias como a Tomografia de Coerência Ótica (OCT) oferecem imagens de alta-definição de forma não invasiva, permitindo ao optometrista acompanhar a saúde visual com maior rigor e profundidade.
Por isso, na Optivisão, cada olho é visto como único. Com equipamentos que permitem avaliar a graduação até à centésima de dioptria e analisar em detalhe o fundo ocular, é possível oferecer uma experiência personalizada, aliando máxima acuidade visual à deteção precoce de sinais de alerta que podem salvar não só a visão, mas também a saúde geral do cliente.



Inteligência Artificial: promessa e responsabilidade
A inteligência artificial já entrou nesta área com algoritmos capazes de identificar indícios de retinopatia diabética ou glaucoma em imagens retinianas. No entanto, é essencial sublinhar: a IA deve funcionar como aliada, nunca substituta do olhar clínico. A sua utilização deve estar enquadrada em protocolos validados e seguros, garantindo que a tecnologia potencia a atuação do optometrista sem comprometer a confiança do cliente.
A importância da formação contínua
Tecnologia sem conhecimento é apenas equipamento. O verdadeiro valor surge quando os profissionais estão preparados para interpretar resultados e tomar decisões informadas. É por isso que a Optivisão investe na formação contínua das suas equipas, garantindo que cada avanço tecnológico é usado de forma responsável e em benefício da população.
Com 36 anos de experiência e mais de 300 óticas em Portugal, a Optivisão conjuga conveniência com rigor clínico: desde a possibilidade de ter óculos prontos em apenas uma hora até à marcação online, sem abdicar da excelência técnica que a caracteriza.

Olhar para o futuro
O futuro do exame do fundo do olho aponta para equipamentos mais acessíveis, maior integração com telemedicina e uma colaboração cada vez mais estreita entre ótica e oftalmologia. Este caminho, centrado na prevenção, reforça o papel do optometrista como primeiro ponto de contacto no cuidado visual.
Porque olhar para o fundo do olho é, no fundo, olhar para a vida. E quando vemos mais cedo, cuidamos melhor.
7 Outubro 2025
Conteúdo patrocinadoOpinião