Optometria e Ciências da Visão: ensino e evolução

Nos últimos anos, a Licenciatura em Optometria e Ciências da Visão tem-se tornado cada vez mais relevante, à medida que a consciencialização sobre a saúde ocular cresce e as novas tecnologias transformam a prática. Desde a sua origem, a formação nesta área passou por diversas etapas de evolução, refletindo não apenas avanços científicos, mas também mudanças nas necessidades da sociedade e até alterações no ensino.
A formação optométrica e a prática da optometria tiveram diferentes formas de desenvolvimento e diferentes taxas de progressão em todo o mundo. A formação é fornecida em grandes centros de investigação universitários, bem como em escolas e faculdades independentes de optometria. Em Portugal, com planos de estudos desde a licenciatura até ao doutoramento, o curso de Optometria tem uma produção científica muito significativa, sendo responsável por uma grande parte da investigação em saúde da visão.
A formação em Optometria em Portugal tem uma longa história, com raízes que remontam aos finais da década de 80. A formação universitária começou formalmente em 1988, com a introdução de cursos na Universidade do Minho (UM) e na Universidade da Beira Interior (UBI). Estes cursos foram designados como Licenciatura em Física Aplicada – Ramo Óptica e marcaram o início de uma abordagem académica estruturada nesta área. Licenciatura essa que foi evoluindo e mudando de nome, estrutura e plano de estudos até se consolidar como Licenciatura em Optometria e Ciências da Visão (OCV).
O primeiro curso de Optometria em Portugal foi criado na Universidade do Minho e na Universidade da Beira Interior, e surgiu a pedido de António Aguiar da Câmara, presidente da União Profissional dos Ópticos e Optometristas Portugueses (UPOOP) e Ribau Teixeira, professor e diretor da Escola Portuguesa de Óptica Ocular, que colocaram à consideração do Departamento de Física das duas universidades a criação de uma licenciatura que contemplasse a formação universitária de óticos e optometristas portugueses.
Leia o artigo completo na revista ÓpticaPro 264.
2 Junho 2025
Análise