Importância da saúde mental na liderança

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A saúde mental é um tópico que está, atualmente, na agenda do dia. Creio que não há dúvida que é um tema de extrema importância pela interação que tem com as mais diversas dimensões da vida pessoal e profissional, exercendo forte influência sobre as mesmas.

No contexto organizacional, abordar a saúde mental na perspetiva do seu impacto no líder e na liderança parece-me um exercício interessante e fundamental. O líder é um elemento central nas organizações, sendo, frequentemente a charneira entre os colaboradores de base e a direção de topo e/ou os acionistas. Ele tem a responsabilidade orientar, motivar, tomar decisões, encarar os desafios e dar a cara pelos resultados obtidos.

Líderes, cuja saúde mental se encontra debilitada, provavelmente não estarão capazes de serem o guia que a sua equipa necessita. Num contexto altamente competitivo, isso acarreta consequências negativas muito significativas como:

  • Tomada de decisões desajustadas com a realidade;

Um líder com problemas ao nível da saúde mental pode ter dificuldades em tomar decisões eficazes;

  • Conflitos interpessoais;

O desequilíbrio emocional pode afetar as relações com os membros da equipa e restantes colegas, levando ao surgimento de um ambiente organizacional tóxico;

  • Cansaço e esgotamento;

Situações limite podem levar o líder a ter grandes dificuldades em desempenhar as suas tarefas de acordo com as expectativas;

  • Absentismo ou presentismo;

No seguimento do ponto anterior, a noção de fraco desempenho por incapacidade e disponibilidade mental pode levar ao aumento das faltas ou à permanência, mas em modo de “corpo presente”.

A função de líder é uma função de grande desgaste psicológico, uma vez que exige uma permanente atenção aos mais diversos aspetos da vida de uma Organização. Considerando este fator, vigiar e melhorar a saúde mental torna-se crítico para o exercício da liderança de forma frutuosa. Os líderes também quebram, pelo que devem estar despertos para os sinais de alerta e não os desvalorizar. Por outro lado, as Organizações, enquanto sistema social composto por pessoas, também têm a obrigação de estar alerta para os sinais que se possam manifestar nos elementos que as integram. O aumento da consciência para este tema permite que os líderes possam identificar, atempadamente, os seus limites, gerir as flutuações e melhorar o desempenho e criar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. Algumas estratégias para melhorar a saúde mental podem incluir:

  • Promoção do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional;

É essencial que os líderes alinhem as suas responsabilidades profissionais com a vida pessoal. A harmonia entre estas duas dimensões da vida permitirão tirar o máximo de prazer de ambas. Desporto, atividades de lazer e descanso são algumas das atividades que devem estar presentes de forma equilibrada na vida.

  • Praticar hábitos saudáveis;

Alimentação cuidada e equilibrada, meditação e exercício regular podem ajudar a reduzir os índices de stress e melhorar o bem-estar e aumentar a resiliência.

  • Procurar apoio;

Ninguém deve enfrentar estes desafios sozinho. Quando identificados os primeiros sinais, os líderes (e não só) devem procurar apoio junto de colegas, mentores ou profissionais de saúde mental.

Em conclusão, a saúde mental é uma parte fundamental para uma liderança eficaz, pelo que os líderes lhe devem dedicar muita atenção.

Um abraço e até breve!

4 Agosto 2025
Opinião

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