APLO manifesta-se acerca da Estratégia Nacional para a Saúde da Visão
As dificuldades de acesso aos cuidados para a saúde da visão no Serviço Nacional da Saúde não são novidade para a população, nem para os optometristas, tal como a APLO tem vindo a denunciar. A pergunta é:
“Qual seria a verdadeira dimensão deste problema caso os 1.100 optometristas portugueses não realizassem mais de 2 milhões de consultas anuais no setor privado, ao longo dos últimos 30 anos, e qual será o futuro dos cuidados para a saúde da visão se persistirmos no investimento em mais do mesmo?”
Infelizmente, a APLO, como representante dos optometristas, a maior classe profissional de prestadores de cuidados para a saúde da visão em Portugal, não foi chamada a participar nem a contribuir na elaboração da proposta de Estratégia Nacional para a Saúde da Visão.
O princípio da prestação de cuidados primários para a saúde da visão é uma proposta que a APLO tem avançado e que deve ser implementada à luz da prática europeia e mundial, aproveitando os recursos humanos e conhecimento científico de Portugal, com formação desde licenciatura até ao grau de doutoramento em optometria e ciências da visão.
A APLO enfatiza as palavras da Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira nas Diretrizes para os Comités para Saúde da Visão:
“Como podemos construir um forte quadro de optometristas? (…) Todas essas são questões para discutir com associações profissionais e universidades. É importante ressaltar que as organizações profissionais ou sociedades que representam as três categorias profissionais: oftalmologistas, optometristas ou pessoal oftalmológico aliado devem ter voz e oportunidade de contribuição”.
Para a APLO, ignorar o capital e recursos humanos, assim como a ideal estrutura em que estão organizados, resulta nos constrangimentos atuais dos cuidados para a saúde da visão e continuará a resultar, se nada for alterado.
4 Julho 2018
Atualidade