“Criar óculos tornou-se a minha paixão”
ÓpticaPro: Como descreve a filosofia da Danish Eyewear?
Tue Strange: É a combinação de um desenho clássico e um desejo de inovação. Na realidade, o ‘design’ escandinavo torna-se difícil de definir, já que se baseia na relação pura entre forma e função. Esta situação acentua os traços simples e a consistência da expressão, ao mesmo tempo que considera a dimensão humana e a necessidade de conforto. Os óculos Danish Eyewear são, de facto, um bom exemplo de ‘design’ escandinavo moderno, pois reflectem linhas genuínas e artesanais de excelente qualidade. Além disso, espelham a nossa vontade de inovar.
OP: Como funciona o processo de criação dos óculos, desde a pesquisa até ao produto final?
TS: Criar óculos tornou-se a minha grande paixão e, por isso, aplico-me totalmente neste processo. Durante a concepção das armações combino sempre desenhos harmoniosos com as soluções técnicas adequadas. Hoje em dia, exige-se, mais do que nunca, um produto de qualidade que aposte também na moda. Como tal, antes de iniciar o processo de criação, investigo tudo o que está em voga, como desenhos, materiais e cores. Só depois parto para a acção.
OP: A Danish Eyewear introduziu a Jacob Jensen no seu ‘portfolio’. Porquê esta associação?
TS: Pela filosofia de pureza, discrição e intemporalidade associada à marca. A Jacob Jensen introduziu no mercado o conceito de armação única, sem aros. Em 2000, aperfeiçoou-se a ideia e lançou-se os óculos Rim. Trata-se de uma série de modelos clássicos, mas que ainda hoje se revelam muito actuais. É, sem dúvida, um projecto de longa duração, absolutamente intemporal, que daqui a 20 anos continuará a vender.
OP: Como espera a Jacob Jensen alcançar o objectivo de se tornar uma marca forte no seio do ‘design’ dinamarquês e escandinavo?
TS: Através da criação de algo novo e diferente. A Jacob Jensen assegura, além do ‘design’ inovador, uma experiência de prazer pelo conforto que proporciona, sem alterar o rosto e sem reclamar demasiadas atenções. Neste momento, estamos a preparar a colecção Thimothy, que incidirá em armações de acetato.
OP: E porquê a escolha de uma empresa especializada em ‘design’ e não uma tradicional companhia de óptica para representar estas insígnias em Portugal?
TS: Gosto de ir contra as tradições. Além disso, trabalhar com um ‘designer’ como o Emanuel Barbosa, o responsável pela Vestígio, é realmente vantajoso para nós. Graças ao ‘know-how’ que tem, percebe exactamente as características dos nossos produtos e transmite-as fidedignamente a todos os clientes.
Veja a versão integral na ÓpticaPro nº 82
1 Outubro 2010
Entrevistas