“Os óculos são uma máscara”

ÓpticaPro: Para além da música, é conhecido pela sua carismática apresentação. Os óculos constituem realmente um acessório imprescindível para si?
Pedro Abrunhosa: Em poucas palavras, posso dizer que os óculos são aquilo que me define exteriormente. Contudo, por dentro, é a música que prevalece.
OP: Quando adoptou este visual?
PA: Na década de 1980. Na minha vida, os óculos começaram por ser uma forma de estar e, actualmente, tenho centenas de modelos que combinam com todas as ‘toilettes’.
OP: Tem preferência por alguma marca?
PA: Não, gosto simplesmente de marcar pela diferença. Nos anos ’80, os óculos não eram um acessório de moda muito relevante e tornava-se complicado arranjar modelos distintos. Existia o típico ‘Ray-Ban’, que hoje voltou ao topo das tendências, e pouco mais.Eu sempre quis óculos diferentes, carismáticos. Com o passar do tempo e com a expansão do mercado da óptica, consegui
reunir um largo conjunto de armações completamente extravagantes e vanguardistas. E no palco, os óculos devem, sem dúvida, possuir estes requisitos. Não são os óculos que me vestem, sou eu que os visto.
OP: Porquê a aposta neste acessório em particular?
PA: Não tenho nenhum problema visual, se é isso que quer saber (risos). Para além de vincarem a minha imagem, os óculos servem essencialmente para manter as pessoas a uma certa distância, para me proporcionarem alguma privacidade.
OP: Constituem então uma espécie de protecção…
PA: Completamente, sou uma pessoa tímida e bastante restrita. Os óculos de sol funcionam como uma máscara que preserva, de certa forma, essa minha intimidade.
Veja a versão integral na edição nº 81 da ÓpticaPro
1 Setembro 2010
Entrevistas