“Somos mais consultores que vendedores”

ÓpticaPro: Como tem sido o percurso da Briot em Portugal?
Rui Silva: A Briot está a reforçar cada vez mais a sua posição no mercado português. Mantemos o mesmo nível de crescimento e vendas, incrementando ainda o nosso trabalho em vários aspectos, com vista à satisfação dos clientes.
Francesc Mas Giralt: Em Portugal, houve uma reformulação na forma de trabalhar de toda a equipa comercial e técnica, ou seja, na relação com o cliente. Além disso, preocupamo-nos ainda mais com o reconhecimento da marca e o desenvolvimento do produto.
OP: E de que forma se mudou a maneira de trabalhar?
FMG: Orientamos os nossos esforços para um serviço pós-venda de excelência e o enfoque no mercado português é precisamente neste sentido. Agora, constituímos uma empresa mais vocacionada para o serviço, disponibilizando máquinas, ‘softwares’, biselagem remota, conexão ‘online’, bem como uma equipa competente e aberta a novos projectos. A Briot deixou de ser uma mera fabricante e vendedora de equipamentos.
OP: E este novo conceito já reverteu em mais vendas?
FMG: Esta nova forma de actuar reflecte-se sem dúvida num maior reconhecimento da marca e consequentemente em mais vendas, já que acrescentámos serviços ao nosso portefólio. A remodelação total da página de internet é outra das vantagens, pois torna-se numa espécie de consultora dentro da Briot. A primeira coisa que os nossos comerciais fazem quando chegam ao trabalho é ligar-se à rede. Constitui um factor no qual vemos um grande potencial. Actualmente, somos mais consultores do que vendedores e, neste sentido, apostamos numa estratégia de marketing eficaz.
OP: Desde então, a equipa portuguesa já cresceu?
RS: Mantemos o mesmo número de comerciais, mas incrementámos o sistema de vendas Como o Francesc referiu, temos um grande apoio por parte da página ‘web’, que tem tido resultados bastante positivos. A nossa comunicação com o cliente cresceu muito nesse sentido. No fundo, consolidámos o que já tínhamos com a introdução de novos serviços.
OP: Existia um projecto para se criar uma sede corporativa em Portugal, nomeadamente no Porto. Ainda estão com essa ideia?
FMG: Sempre considerámos essencial ter uma base em Portugal, até porque possuímos lá uma posição de liderança. Contudo, à medida que íamos conhecendo o mercado luso e as suas necessidades, decidimos potenciar outros aspectos, muito mais próximos do cliente. Enveredámos pelo desenvolvimento de uma oficina móvel, digamos assim, já que estamos sempre em casa do consumidor. O importante é existir uma estrutura e uma força de venda e de técnica focalizada, que nos oriente para o cliente. Em relação ao ‘stock’, criámos um armazém central na Europa. Assim, entre 24 e 48 horas, colocamos qualquer produto directamente na casa dos clientes, em qualquer ponto europeu.
OP: E em termos técnicos, quais as grandes novidades?
RS: Apresentámos recentemente a máquina Weco Edge 650, um equipamento com características industriais, mas vocacionada para a óptica tradicional. Fabricada a partir de tecnologia de ponta, constitui uma máquina extremamente rápida, com uma potencialidade de funções extraordinária. Relativamente à Briot, no seguimento da biselagem remota em que cada óptico poderá ter dois ou três postos de venda e centralizar tudo numa só loja, acabámos de lançar a Alta Pro. É uma máquina bastante mais rápida que a Alta NX e, através da adaptação de uma nova mó, pode fazer-se a facetagem na parte interna da lente.
OP: Reservam alguma surpresa para um futuro próximo?
RS: Tanto na Briot como na Weco possuímos um departamento de investigação e desenvolvimento de produtos, que estuda constantemente novas soluções. Estas novidades serão apresentadas nos momentos oportunos, nomeadamente nas grandes feiras de óptica.
18 Dezembro 2009
Entrevistas