Silmo: Início de uma nova geração
A organização do Mundial da Óptica responsabilizou a recessão generalizada da economia e a mediática gripe A pela queda de 20 por cento de entradas no pavilhão de exposições da Porta de Versalhes. Ou seja, de 17 a 20 de Setembro, menos 32 mil pessoas que em 2008 perscrutaram as tendências que determinarão os próximos meses em termos de ‘design’ e tecnologia. A distribuição entre gauleses e visitantes fora de França manteve-se estável, com 51 por cento do país e 49 de nações estrangeiras.
Mesmo assim, o dia de abertura provocou a habitual enchente na linha 12 do metro parisiense, bem como uma afluência rodoviária e humana excepcional em direcção ao complexo da feira. Desde o primeiro momento, os expositores animaram o ambiente com música, danças e demonstrações, que atraíram os transeuntes e repeliram o estigma do período difícil. De facto, caminhar entre os ‘stands’ foi mais fácil que em edições anteriores e mesmo o acesso ao ‘hall’ Le Village não se fez através de uma longa fila pelo corredor das novas tendências.
Para confirmar a sua supremacia, o Silmo 2009 acrescentou ao seu programa temas renovados, plenos de propostas para a mudança que se avizinha. A alteração na data do calendário representou o primeiro grande investimento. Formações em vitrinismo, espaço infantil, palestras patrocinadas pela grande indústria, programa interno de televisão e o espaço baixa visão surgiram como algumas das soluções magnéticas para quem se desloca à feira.
Também a rubrica dedicada aos artesãos da óptica angariou olhares que estudaram mãos astuciosas a trabalharem peças, numa mistura de regresso às velhas oficinas de óptica com vislumbres da nova arte e ‘design’ que invade cada vez mais os óculos. “Apresentamos o sector da óptica sob uma fresca e inovadora luz”, resumiu Guy Charlot, presidente do Silmo.
28 Outubro 2009
Eventos e Formação